sábado, janeiro 19, 2008

Evidente!
É tudo tão óbvio! Tudo tão evidente, claro, limpo, límpido e à face de todos... Perceber, neste caso – e que fique claro que trato apenas deste caso e de nenhum mais – é ter fome! Mas não há fome, não há sede, não há nada. (É engraçado usar esta figura de linguagem – a gradação – isto porque todos sabem, ao ler a segunda oração, de exato como será a última, o que a torna até certo ponto inútil se se quer dizer algo a mais, contudo neste caso, e mais uma vez friso – desesperadamente – que trato apenas deste caso, ela diz algo mais: ela é evidente!)
... não há nada. A fome é algo que não há. Há motivos para se afirmar isso, mas prefiro ficar com Clarisse quando diz “pensar é um ato, sentir é um fato”. Assim, o que será o perceber, um ato ou um fato? Sem fome, nem o perceber será!