segunda-feira, junho 14, 2010

Amarras

E na rede de medo em que me inventei, estou farto das cordas em que me amarro: a teia frágil de incertezas de que não posso fugir, o escudo emoldurado com o qual encubro minha parca e insossa nudez, disforme, fora dos perímetros milimetricamente traçados, me descubro infante e perdido, e me recubro na imagem, já gasta, do super-herói. O tempo futuro de possibilidades, afunila-se no presente de ralidades e acumula-se num passado sem cores, sem traçado, sem risco...
E assim, risco de mim todos os riscos, esperando que de alguma forma o encomodo do frio-árrido que aqui se espraia me mova a arriscar.

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