De ponta cabeça, sinto a terra úmida sob meus pés...
Anuviada, minha visão é nítida:
vê meus sentidos equilibrarem-se sobre o picadeiro,
dançarem com as cordas
e penderem firmes, como se a certeza fosse apenas uma miragem...
Vai Saber?
Adriana Calcanhotto
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se pôr
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?
Vai saber?
Vai saber?
Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha a reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais...
Música de Adriana, pintura de Miró (Os Poetas).
Impresso
8 de setembro de 2009
Entre as margens, a tinta se arrisca. Quer impressionar e se pergunta a quem.
Quem entre margens tão estreitas perder-se-ia?
Quem arriscar-se-ia por mundo tão opaco e sem cor?
As regras do papel afrontam a tinta, presa às linhas, perde-se no querer expressar...
O que se expressa? O que é expresso?
As cores do lado de fora não importam,
aqui, onde resta silêncio, "introspecto" e o expresso
é marca que não se publica, implícita, impresso.
Aqui onde não há cores, a porta continua aberta...
Autumn is here inside my heart
When there's springtime in the air
Loneliness is tearing me apart
Being lost makes me scared
I keep on asking the gods above to send my love back to me
Oh please let these days and weeks
Pass by so quickly
Nobody suffers like I do
Nobody else, oh no
Nobody suffers like I do
Nobody else but you
You had to leave, I know
And we knew it would be tough
You said you would be back soon
Soon is not soon enough
Through this waiting in vain
All this darkness and pain
I've been crying for you, now I'm dying
When this test is at the end
I hope you'll understand
That you're all that I've got
Oh darling
“Metalinguagem. [De met(a)- + linguagem.] S.f. 1 Semiol. A linguagem utilizada para descrever outra linguagem ou qualquer sistema de significação: todo discurso acerca de uma língua, como as definições dos dicionários, as regras gramaticais, etc. Ex.: Chover é um verbo defectivo. [Cf. função metalingüística.] 2. P. ext. linguagem mediante a qual o crítico investiga as relações e estruturas presentes na obra literária.” – FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 1986.